A espera
S. G. Conzatti
fevereiro 25, 2020
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Os raios de sol atravessavam a janela e aqueciam o chão de
madeira. Eu o esperava.
madeira. Eu o esperava.
A luminosidade percorreu o chão e avançou pela parede. E eu
ainda o esperava.
ainda o esperava.
A claridade deu lugar à escuridão. Ergui-me e observei pela
janela. Passos invadiam a calçada. Carros percorriam a rua. Mas não era ele.
janela. Passos invadiam a calçada. Carros percorriam a rua. Mas não era ele.
A ansiedade da espera cresceu. Mantive-me em alerta. Será
que ele voltaria?
que ele voltaria?
O vento soprava, as nuvens carregadas anunciava a chegada da
chuva. Era longa a espera.
chuva. Era longa a espera.
Então o som familiar da sola de borracha contra as pedras da
calçada fez meu peito disparar. Apoie-me na janela e observei sua silhueta se
tornar cada vez mais nÃtida. Logo a espera teria fim.
calçada fez meu peito disparar. Apoie-me na janela e observei sua silhueta se
tornar cada vez mais nÃtida. Logo a espera teria fim.
Ele avançou pelo portão apressado, pingos o haviam umedecido.
Pôs a chave na porta e a felicidade explodiu em mim. A espera acabara.
Pôs a chave na porta e a felicidade explodiu em mim. A espera acabara.
Joguei-me em seus braços, lambi seu rosto e abanei com fervor
a cauda.
a cauda.
Recebi seu abraço apertado e seu sorriso. Finalmente ele estava em
casa outra vez.
casa outra vez.
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cotidiano inspirando versos, nosso cãozinho a espera de meu marido. |
S. G. Conzatti