Crescemos imersos em um grupo
especĂfico de pessoas, e aprendemos a pensar e agir de acordo com este. As
verdades aprendidas parecem incontestáveis, contudo, ás vezes, as vivências
distintas, as leituras realizadas, as pessoas que cruzaram nossos caminhos trazendo
outras visões, contatos com outras culturas, vĂdeos e textos causam
transformações. E de repente essas verdades já não parecem certas.
As reuniões
com antigos grupos tornam-se apenas uma tentativa de lhe retrocederem ao o que
vocĂŞ era antes. No entanto aquilo que perdeu seu sentido nĂŁo tem volta, e no
seu interior vocĂŞ sente isso toda a vez em que Ă© obrigado a ouvir as antigas
ideias e fingir concordar.
NĂŁo poder
expressar seus verdadeiros pensamentos torna-o mal-humorado, infeliz, chateado
e sem interesse em reencontrar aqueles que antes compartilhavam muito de seu
tempo e sua vida. Um grande penhasco se apresenta entre vocĂŞs.
E neste
momento vocĂŞ se percebe surpreso: VocĂŞ nĂŁo entende mais aquelas pessoas e elas
nĂŁo te entendem. Como Ă© possĂvel se sentir rodeado de estranhos diante de
pessoas antes tĂŁo familiares? E vocĂŞ se pergunta se ainda vale a pena
encontrá-los.
S. G. Conzatti
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